Como um escafandrista urbano, Egidio Rocci vestia-se de cidade, dos restos que ela deixava, sempre preparado para mergulhos demorados em seus projetos e sempre à espera de um momento para se lançar ao fundo de seu mar. Suas obras são produtoras de sentidos e dialogam com uma cidade particularmente construída, cidade que se ressignifica em suas obras. A exposição Mar(ítima) é um brincar nesse mergulho profundo, nas profundezas dos trabalhos que convergem para além de um fictício relato de viagens marítimas — é para a deglutição de seu próprio habitat, dos metaforizáveis vestígios de uso e de funções subvertidas em seu processo de criação que seu projeto se destina. Ainda refletindo sobre os processos/narrativas, e dado às condições em que vivemos, a exposição Mar(ítima) teve que se adequar e passar do contato físico para o contato tecnológico. Assim, as navegações e diálogos agora se entrecruzam de modo que o visitante possa explorar as obras e tocá- las, de modo virtual. Curadoria Angela Peyerl.
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